Certas vezes, aos nossos olhos, é difícil continuar confiando em Deus em meio a determinadas lutas, quando, por exemplo somos surpreendidos por uma catástrofe, morte de uma pessoa que amamos, uma enfermidade, etc, em que não conseguimos encontrar o porquê de passarmos por tamanha dor e sofrimento. Mas como é que a nossa alma pode ficar consolada e quieta em tempos de angústia?
Em tempos de sofrimento ninguém consegue ajudar aquele que sofre a não ser o Senhor. Dificilmente o sofrimento pode ser explicado humanamente, ele só pode ser compreendido diante dos pés do Senhor. Por isso o salmista orou: "Por que me rejeitas? Por que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos? Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem ao teu santo monte, e aos teus tabernáculos. Então irei ao altar de Deus, de Deus que é a minha grande alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu. Por que estás abatida, ó minha alma? por que te perturbas dentro em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu" (Sl 43.2b-5). Neste texto podemos perceber que o coração do salmista estava repleto de porquês. Ele não conseguia entender o porquê de seus sofrimentos; mas parece que ele passou a entender, passou a não mais precisar de uma resposta para suas muitas perguntas – mas precisava somente de uma profunda comunhão com seu Deus no santuário. Essa foi a solução. Foi dessa maneira que sua alma conseguiu ficar quieta e consolada e cheia de gratidão para com o Senhor, apesar do sofrimento pelo qual estava passando. Nem sempre existe uma resposta, mas sempre existe consolo e luz para a nossa alma quando nos achegamos ao Senhor, quando entramos no santuário. Para o salmista passou a ser secundário conhecer ou não a causa de seus sofrimentos. Para ele passou a ser prioridade saber que era Deus que conduzia sua vida, andar na verdade e ser dirigido pelo Senhor.
No Salmo 73 Asafe estava cheio de dúvidas e questionamentos. Parecia-lhe que o sofrimento era algo sem lógica, algo incompreensível e absurdo. Ele não era capaz de entendê-lo nem explicá-lo: "Em só refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim; até que entrei no santuário de Deus..." (Sl 73.16-17). No santuário nem sempre recebemos a explicação para o porquê de nossos sofrimentos, mas em compensação recebemos consolo, recebemos fortalecimento e uma profunda paz.
Lembre-se, sempre haverá perguntas sem respostas, para que possamos simplesmente confiar em Deus. Precisamos crer que Ele é soberano sobre todas as coisas, e tem o propósito de salvar e santificar as nossas vidas, mesmo que no momento não entendemos a sua vontade.
“Portanto, não abandoneis, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará; todavia, o meu justo viverá pela fé, e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós porém não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma” (Hb 10:35-39).
Quero convidar você que tem passado por sofrimentos e angústias a simplesmente entrar no santuário, na presença de Deus, para receber ali o consolo que vem do próprio Jesus, e a andar por fé, mesmo quando não puder ver ou entender, pois a palavra de Deus garante que a promessa de Deus se cumprirá em sua vida na volta de Jesus, se nos mantermos firmes na fé: "E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras... O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus e ele me será filho" (Ap 21.4-5,7).
Deus te abençoe!
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