terça-feira, 12 de novembro de 2013

Superando o Medo da Morte



Um hino antigo cantado pelo Ozéias de Paula, diz: “A morte morreu no lenho da cruz e quem a venceu foi Cristo Jesus. Com mãos estendidas cheias de poder, Jesus dá a vida a todo que crer”. Foi exatamente isso que aconteceu e é exatamente isso o que acontece. Jesus matou a morte. A morte deixou de ser um pavor para quem confia em Jesus. Ela é como o sono (1Ts 4.15), uma passagem para a vida plena.

“Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hb 2.14-15).

A Bíblia chega a tratar a morte com desprezo: “Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1Co 15.54-55). Assim, para aquele que vive em Cristo, o morrer é lucro (Fp 1.21). Jesus nos dá não apenas a vida biológica, mas também a vida eterna.

Voltando ao texto inicial de Hebreus 2.14-15, lemos que Jesus destruiu o diabo que tinha o poder da morte. Isso não quer dizer que ele tivesse o poder de matar quem quisesse. O seu poder é de apavorar uma pessoa a vida toda pelo medo da morte. Isso ele fazia e continua a fazer na vida daqueles que ainda não aprenderam a descansar nas mãos seguras de Jesus (Jo 10.27-30). Ninguém precisa mais ser escravo do medo da morte. A morte já morreu em Cristo. O diabo, o pavoroso, foi despojado e exposto ao desprezo. Jesus triunfou dele na cruz (Cl 2.15).

Perder o medo da morte certamente não nos faz provocar a morte. Naturalmente ninguém quer morrer, pois a morte é nossa inimiga e não fomos criados para isso. Perder o medo da morte e da pós-morte é uma coisa; evitar a morte é outra coisa. Quando os religiosos queriam matar Jesus em um lugar ele fugia para outro. Ele nunca deu murro em ponta de faca. Porém, quando chegou o tempo de sua morte, ele mesmo se entregou. Perder o medo da morte não nos torna suicidas.

Viver sem o medo da morte faz toda a diferença no dia-a-dia. Desde a mais tenra idade procuramos compensar a proximidade da morte. Quanto mais alheio às verdades eternas, mais a pessoa se agita para agarrar o máximo que puder e usufruir de tudo o que esta vida lhe oferece. Pois, somente quem está preparado para morrer é que está preparado para viver. Todavia, se realmente não existe vida eterna de gozo e paz na presença de Deus, vale a pena comer e beber, porque amanhã morreremos (1Co 15.32). Mas, não é assim que procedem os filhos de Deus. Esses têm esperança de se encontrarem com o Pai celestial e se preparam para isso (1Jo 3.1-3).

Billy Graham conta que alguém encontrou São Francisco trabalhando no jardim e lhe perguntou: “O que o senhor faria se soubesse que morreria dentro de dez minutos?” São Francisco respondeu: “Terminaria esta fileira.” Esse é um excelente exemplo de alguém que superou o medo da morte.

Texto de: Antonio Francisco
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