quinta-feira, 26 de julho de 2012

Amor Para Quem Não Merece Ser Amado – Assim É Deus



Trata-se da parábola do filho perdido. Eu sei que já tem lido e escutado dezenas de sermões sobre o assunto, cada qual com um enfoque mais ou menos diferente. Há tantos modos de se pensar neste texto. Estes modos podem nos desafiar ou desanimar. Por outro lado queremos saber, afinal, qual é o significado exato do que Jesus desejou dizer, por outro lado quase desistimos quando descobrimos que o amor de um pai para com o filho é um caminho na vida que não pode ser entrincheirado.

Houve um tempo quando se pensou que cada parábola de Jesus deveria ser interpretada pelo seu sentido mais geral, um significado abrangente que pudesse lhe dar “unidade”. Isto se tornou válido até quando se descobriu que Jesus as interpretou não tão genericamente assim, como no caso da conhecida parábola do semeador. Nela, Jesus discorre sobre os vários tipos de solos, dando a cada um o seu significado, de tal modo que não sabemos se a parábola enfatiza o semeador, se os solos, ou se a própria palavra semeada. A ausência de resposta não deixa de ser uma resposta, e faz a gente imaginar um semeador lançando as sementes num dia de sol.


A parábola do filho perdido não é diferente. Um dos maiores estudiosos sobre as parábolas de Jesus, Joachim Jeremias, vê nela o amor do Pai. Sua interpretação, porém, enfatiza a natureza individual, quando uma pessoa, como outra qualquer, se afasta do aconchego e abrigo do Pai e decide voltar para casa.


É claro que se você entende assim, está em boa companhia, boa mesmo! Contudo, gostaria de pensar no amor para quem não merece ser amado, numa dimensão um pouco mais ampla. Gostaria de pensar num amor a um mundo que não merece o Senhor, que, como um pai, fica a olhar a silhueta de quem volta para casa num entardecer já escuro.


Não preciso me deter a dizer que Lucas era gentio. Isto todo mundo sabe. Também não é preciso dizer que um dos seus temas é o abrigo de Deus aos marginalizados; o que também já se sabe. Assim, não seria absurdo se compreendêssemos esta parábola como uma metáfora, entre uma comunidade que sempre esteve com Deus, a nação judaica, e os que dela se apartaram, os gentios; no caso, os gregos, ou atualizando, o mundo perdido, que come os restos dos porcos. Mundo que, de alguma forma, tem uma saudade de um “lugar” que não está ali.

A narrativa poderia ser assim: 
Numa época, bem remota, houve um filho que negou o seu estado de filiação (gentios). Não poderia, mas resolveu ir embora. Fascinado com uma outra vida, um outro mundo, numa nova liberdade. Sonhara que deveria ter outros caminhos, acordar pela manhã e ver outras árvores, outras terras, outros campos e outras pessoas, que não o pai, que não o irmão (judeus). Resolvera ir e foi. Ele era o filho mais moço; não o que receberia a herança genealógica e que daria continuidade à nação. Por causa disto, talvez, resolvera ir e foi. Foi para um lugar viver sem o pai, viver sem Deus, viver sem sentido. Viveu num lugar qualquer chamado de, simplesmente, “lá”. No “lugar lá” passou fome, coisa que nunca tinha sentido antes. Como judeu (que negara a condição de...), cuidou de porcos e chegou ao limite da degradação humana. Comeu com os porcos, e um dia desejou voltar para casa. Não merecia voltar, mas voltou. Não voltou porque talvez tivesse direitos, mas voltou exatamente porque nada tinha. Nada poderia exigir. O único caminho era o arrependimento. Reconheceu que já não era filho, e não era mesmo. Reconheceu que o seu problema havia sido o pecado, e havia sido mesmo. Resolveu voltar para casa, quando o tempo do dia já estava se findando, momento quando os trabalhadores e o “irmão”, que já não era irmão, voltava para casa. Naquela tarde escura, um filho que já não era mais filho, volta para um pai, que já não era o seu pai, a viver numa casa, que já não era a sua, a um “irmão” que não o queria. Era este irmão, que não o queria, que precisava aprender: “Assim é Deus”: onde havia morte, desesperança ou falta de sentido, estado de perdição e abandono, ainda restava o Pai que o aguardava todas as tardes, como se fosse a última.


Assim é Deus. Talvez não compreendamos direito o sentido de uma nação filiada a Deus, por vocação e nascimento, aceitar a intromissão de um quase “bastardo”, filho da perdição, filho que não é filho, irmão que não é irmão, gente que não é gente, sendo recolhido no mesmo teto e sendo amado do mesmo jeito. Acho que não sabemos o que seria exatamente isto. Nós nos identificamos como o filho que foi embora, que nada merecia, e que de tudo precisava. Sabemos o que significa viver como porcos, pois já estivemos lá. Também passamos fome e perdemos o sentido da vida. Um dia o Senhor nos esperou numa estrada, e era tarde. Só que esquecemos, e já não nos lembramos de que “Assim é Deus”. Abrir os braços para os gregos era o absurdo, impossível, inexplicável, injustificável, incompreensível, inusitado, desnecessário, injusto, impuro, desprezível, insensato, imerecido, o limite da imprudência, e desrespeito à história.


Dizia Lucas: Deus é assim: é o amor que espera todas as tardes no caminho; é alegria que recebe quem não deveria ter partido; ama quem não merece ser amado; perdoa aquele que não merece ser perdoado. Absurdamente ama, impossivelmente ama, inexplicavelmente ama, ama sem justificativa, incompreensivelmente ama, inusitadamente ama, desnecessariamente ama, injustamente ama; ama o impuro, ama o desprezível, ama o insensato, ama o imerecido. Além do limite da prudência e da história, ama.

Dizia Lucas: Assim é Deus.

Pr. Natanael Gabriel Da Silva (2004).

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A verdade Sobre Obras e Graça



Porque pela graça sois salvo, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus não de obras, para que ninguém se glorie. (Efésios 2:8)

Nos últimos anos não é difícil evidenciarmos o evangelho de Cristo sendo deturbado por pessoas que se dizem lideres espirituais. Algumas inclusive já tiveram um chamado do Senhor para a boa obra. Porém, seus olhos cobiçaram o status pessoal, e os bens materiais  perverteram seu coração, não mais passando a praticar o bom combate de Cristo, conforme foi a ordem de Deus para a vida de quem é chamado por Ele. E ainda temos as pessoas que ainda não tem o correto conhecimento sobre a palavra de Deus. A palavra é clara onde diz que obras não salva. Deus quer corações entregues na presença dele, e não fatos e dados de quantas pessoas frequentam seu ministério durante sua vida. 

Você pode fazer caridade a sua vida inteira, do inicio ao fim de sua vida, por durante todos os dias da tua vida. Mas se em seu coração Cristo não fizer morada, você não fará parte da promessa de Cristo. Pois a bíblia diz que " todo aquele que Nele Crer" não irá perecer á morte, mas terá vida eterna. E como podemos ver no texto de Efésios 2:8; Obras como caridades as pessoas não levam a lugar algum,. É pela fé e graça de Jesus Cristo que somos salvos do castigo eterno. Não estou dizendo que você não deve ajudar as pessoas, pelo contrário. Jesus disse que o segundo grande mandamento é justamente amar o nosso próximo e que quem diz que ama Deus e não ama seu irmão é hipócrita. Porém, falo que obras por si só não levam você a salvação eterna.

A bíblia mostra o seguinte:

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas sim o que faz a vontade de meu pai, que está nos céus, esse entrará no reuni dos céus. Muitos me dirão, naquele dia: Senhor, Senhor, não é assim que profetizamos em teu nome, e em teu nome expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?E eu não lhes direi, em voz bem audível: Pois eu nunca vos conheci; apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade. (Mateus 7:21-23).

Não são exatamente as coisas que você faz que te levam para Deus, mas sim com que objetivo você faz estas coisas. De nada adianta cumprir o propósito de um ministério e até mesmo fazer as coisas para ser um exemplo, simplesmente. Se o que você fizer não for para glorificar a Deus, mesmo no fundo do seu coração, então tudo o que fizer vai ser tão vazio como se nada tivesse feito. Jesus não ama um oração de obras, mas sim um coração sincero e humilde e que o busca de todo coração e busca o entendimento da sua palavra através do estudo e da oração.

Então meu irmão, veja se em sua vida o que estás a fazer realmente tem o motivo certo. Pois o fato de você ir a igreja, não é termômetro de santidade. Importante que para um relacionamento sadio com Deus e também para quem quer viver para Cristo, é importante, e extremamente importante  que tenha uma vida dedicada a oração e a palavra de Deus. Para não ser simplesmente alguém que prega daquilo que não sabe (da palavra de Deus, não tem discernimento e entendimento) e diz que sente, Aquele que não conhece!

Deus abençoe você e a tua família!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...