Como podemos definir quando o que fazemos para Deus realmente está o agradando a Ele? É uma pergunta que passa pela cabeça de alguém que dedica algum tempo, seja ele parcial ou integral ao trabalho da obra de Deus. Mas precisamos compreender através da palavra de Deus o verdadeiro sentido de sucesso de um ministério. Muitas vezes as pessoas colocam esse "sucesso" como uma igreja cheia, porém a palavra de Deus nos mostra no livro de Jeremias que na verdade o verdadeiro sucesso ministerial é fazer o que Deus quer que seja realizado.
Muitos usam a figura de Davi para servir como exemplo de pastor, de ministério, de sucesso; ou usam a figura de Isaias, de Salomão. Personagens que por si só representam o “sucesso” naquilo que pretendiam fazer. No entanto, poucos ou quase ninguém usa a figura de Jeremias como exemplo de um ministério bem sucedido, vitorioso e de muitos frutos. Isso porque Jeremias, para alguns, é a antítese do sucesso ministerial. Jeremias, não foi ouvido por seu povo, foi maltratado e colocado numa vala por alguns líderes de Israel e durante 40 anos não conseguiu contabilizar de forma palpável um fruto ou uma pessoa, líder ou rei que reconheceu seu erro e assimilou a mensagem de Jeremias. Entretanto, Jeremias foi um dos profetas mais vitoriosos da bíblia, não pelos números, mas porque cumpriu o seu chamado, manteve-se fiel e ouviu a voz de Deus.
Hoje, com o advento da Teologia da Prosperidade, com a disseminação do triunfalismo e a divulgação da ideia vazia de que devemos vencer sempre, fica difícil, senão impossível, assimilarmos a verdade do sucesso de Jeremias, de alguém que foi vitorioso sem alcançar a “vitória”. Os adeptos dessas ideias são pessoas presas às exterioridades do ser, exterioridades e números esses que muitas vezes não guardam uma relação de verdade com o interior, com o coração. Desse modo, fica difícil também para esses, assimilarem o Evangelho. Porque no Evangelho existe o paradoxo de que ganhamos quando perdemos, estamos fortes quando estamos fracos e o exemplo máximo de sucesso e vitória foi evidenciado por alguém que morreu numa cruz. A impossibilidade de reconhecer isso gera a impossibilidade de crer, assimilar, e ser salvo. Os líderes e pastores que difundem essas ideias são evidenciados no versículo 13 do capítulo 10 de João, os mercenários, que fogem quando vêem o perigo. Ao contrário de Jesus que dá a vida por suas ovelhas.
Mas, não quero falar aqui da Teologia da prosperidade nem, tampouco, de seus argumentos fajutos que são antitéticos aos princípios do Evangelho. Pois, como diria Jesus: “deixem os mortos sepultarem os seus mortos”.
Conta-se a estória que um andarilho escocês se vestiu com as roupas de um pastor de ovelhas e procurou guiar-las. Mas, as ovelhas não o obedeceram porque elas seguiam a voz do pastor não as suas roupas. Jesus é o nosso bom pastor, ele nos faz descansar em verdes pastos, ele dá a vida por suas ovelhas, mostra-nos o caminho e conhece os que são seus. Se somos ovelhas de Jesus, conhecemos a sua voz e obedecemos. Se somos ovelhas dele, confiamos e esperamos. Se somos ovelhas de Jesus sabemos que só ele sabe o melhor caminho.
Portanto, a obediencia é o pricipal caminho para que possamos dar frutos com as obras as quais executamos para o reino de Deus. E nunca buscando glória e reconhecimento para si mesmo, mas sim para que o nome de Deus seja glorificado. Pois é pela graça Dele que somos salvos, não pela minha e nem a sua. Ouça a voz de Deus em seu coração, você saberá quando for ele, basta orar e ouvi-lo, que ele sempre está por perto.
Deus te abençoe!
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